quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Empate frustrante

Por duas vezes o Galo esteve à frente do placar e por duas a vitória escorreu pelos dedos em Montevidéu, na estreia do time na Libertadores, contra o Danubio.
Ricardo Oliveira confirmou a boa fase e anotou mais dois gols, embora tenha perdido vários. Cazares de novo fez um bom jogo. Parece ter colocado a cabeça no lugar. Em compensação, o setor defensivo do Atlético estava no mundo da lua. Com exceção da dupla de zaga que foi muito segura, o restante foi um desastre. Fábio Santos apoiou bem, mas foi uma avenida defensivamente. Parecia um juvenil no lance do primeiro gol uruguaio. Luan se esforça, mas não tem cacoete de defensor. Patrick dispensa qualquer tipo de comentário. Deve ter um empresário muito bom, porque não sai do time de jeito nenhum.
A tendência é que na semana que vem o Atlético faça o serviço e se classifique sem sustos, mas fica de alerta os erros bizarros cometidos em Montevidéu, que podem minar os objetivos do time na temporada.
Disparidade enorme
O Cruzeiro foi a Nova Lima e passou o trator por cima do Vila Nova. Sem muito esforço, dosando bem o ritmo, a goleada por 3x0 foi construída na maior naturalidade. Foi-se o tempo em que jogar no alçapão do Bonfim tirava o sono de qualquer um. O América mesmo sem jogar bem manteve a ponta da tabela, depois empatar com o Patrocinense. O Galo, mesmo com os suplentes, bateu o Guarani sem suar a camisa. O trio de ferro da capital vai sobrando no campeonato. Até então nenhuma surpresa. É raro um time do interior se meter na festa belorizontina. Caldense em 2015 e Ipatinga em 2010 foram as exceções, e ficaram com o vice.
O que tem chamado a atenção no campeonato desse ano é que a diferença técnica entre os clubes da capital e os clubes do interior ficou ainda maior. Atlético, Cruzeiro e América nadam de braçada contra a concorrência, seja com o time A, B ou C. Em treze jogos contra os times do interior, os grandes de BH venceram nove, marcaram trinta e um gols e sofreram apenas seis. Ou seja, em nada o campeonato estadual agrega tecnicamente.
Sou muito, mas muito a favor do fim dos estaduais, e da criação de mais divisões do campeonato brasileiro, para manter os times do interior em atividade. Todavia esta é uma decisão que afeta diretamente as federações estaduais, que são garantias de votos para o presidente da CBF.
Infelicidade recorrente
Conhecido por seu jeito provocador, Thiago Neves vez ou outra apronta nas redes sociais. Quando é provocação sadia, quando é apenas uma forma de “zoar” o rival, tudo bem. Afinal uma das coisas mais legais e divertidas do futebol é a irreverência. Quem vivenciou os anos 90 vai se lembrar de Túlio Maravilha, Romário, Viola, Paulo Nunes, Edmundo, Renato Gaúcho. Todos reis do marketing e da provocação, mas nunca com falta de respeito.
Thiago Neves foi infeliz, foi insensível, foi irresponsável. Brincou com a dor alheia, com centena de mortos e desaparecidos. Uma postagem cretina, imbecil, de um homem de 33 anos que alegou não imaginar que estava extrapolando, como se fosse uma criança. Talvez uma criança tenha mais bom senso que você Thiago Neves. E o que mais incomoda é a recorrência. Não foi a primeira vez, mas espero de coração que seja a última.
Dica de rock
Hoje é dia de Stairway to Heaven, da banda Led Zeppelin.
Um grande abraço com muito rock!

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