quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

No sufoco, de novo!


Tudo caminhava para uma vitória tranquila do Atlético contra o Danúbio do Uruguai, afinal de contas o time precisou de apenas 27 minutos para abrir 3x0 e praticamente sacramentar a vaga na próxima fase da Libertadores. Fez três gols e poderia ter feito mais, tamanha a disparidade técnica em campo. Mas é incrível a capacidade do Atlético de transformar tranquilidade em drama. Tudo no Atlético é sofrido. Impressionante como esse time vive em sintonia com o sufoco.
Mais uma vez falhas individuais e a fragilidade do sistema defensivo quase botaram tudo a perder. Patrick no melhor estilo Patrick, cometendo um pênalti “infantil” no primeiro gol uruguaio, Victor aceitando um chute defensável e uma pane na retaguarda alvinegra no segundo gol. Ver o Atlético acuado, sem saber o que fazer, tomando um sufoco em casa de um time tecnicamente bem mais fraco acende um sinal de alerta gigante.
Como eu já havia escrito nas redes sociais logo após o término da partida: Uma coisa é agrupar as linhas, fechar espaços, compactar, dar a bola ao adversário sem sofrer. O que vimos no segundo tempo foi um Atlético atordoado, sem capacidade de reação, jogando a base de bolas longas e esticadas. Se quiser almejar algo grande na temporada, tem que melhorar muito!
Vale a liderança
América e Cruzeiro venceram seus compromissos no fim de semana sem muita dificuldade, e vão para o clássico de domingo em alta. Clássico que vale a liderança da competição.
Com o Atlético envolvido com a Copa Libertadores, é muito provável que a liderança ao final da primeira fase fique com um dos dois. E por ter um elenco que está entre os melhores do Brasil, o Cruzeiro é o grande favorito.
Terminar a primeira fase no topo da tabela é muito importante, afinal foi por conta do regulamento que o Cruzeiro foi campeão em 2014 (dois empates por 0x0 contra o Galo) e no ano passado (derrota por 3x1 e vitória por 2x0, também contra o Atlético), porém na maioria das vezes essa “vantagem” foi por água abaixo. Vamos aos números:
Nas últimas quinze edições do campeonato mineiro, em apenas sete o primeiro colocado na primeira fase foi o campeão. Cruzeiro em 2008, 2009, 2011, 2014 e 2018, Atlético em 2012 e 2017. Para endossar esses números, em 2010 e em 2016 o primeiro colocado sequer chegou à decisão do estadual, parando nas semifinais. Ou seja, terminar a primeira fase como líder é importante, mas não é garantia de título.
Vexame canarinho
De seis seleções que disputam a fase final do campeonato sul americano sub-20, quatro garantem vaga no mundial. Ou seja, tem que fazer muita lambança pra ficar de fora. E mais uma vez a seleção brasileira conseguiu essa façanha. O maior campeão sul americano acumula vexames em sequência. Mas por quê isso tem acontecido com frequência? Por quê o Brasil não consegue mais ser protagonista no cenário sul americano? Primeiro, a e escassez de talentos. A muito tempo a seleção não tem o "cara". Vinícius Júnior, que seria esse jogador, não foi cedido pelo Real Madrid. Segundo, rotatividade de técnicos. Ninguém se sustenta no cargo. Rogério Micale, Ney Franco e Carlos Amadeu passaram e não esquentaram o banco. Sem sequência não há trabalho que dê certo. E olha que o campeonato sul americano é cada dois anos. Dá pra fazer um trabalho sólido. Basta querer.
Dica de rock
Hoje a dica vem da Inglaterra. Time, da maior banda de rock de todos os tempos, Pink Floyd.
Um grande abraço com muito rock na veia.

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