O empate sem gols entre América e
Cruzeiro foi ruim em todos os aspectos. Tecnicamente, muito por conta do
temporal que atingiu a região do Horto, e que atrasou o início da partida em
mais de trinta minutos. Taticamente, nada de excepcional. Um jogo de muito
contato físico, muita bola esticada e poucas chances de gol. Pelo lado
americano, pode até ser levado em conta o fato do time ter feito uma viagem
super desgastante no meio de semana, indo até Roraima enfrentar o São Raimundo
pela Copa do Brasil. Já no caso do Cruzeiro a cobrança tem que ser maior, pois
devido a qualidade do elenco, sabemos que o time pode entregar mais que isso. No
final, os dois times morreram abraçados, dando de presente a liderança do
campeonato para o Atlético, que na noite anterior batera o Tupi por 2x0, também
no Independência.
Falando no Galo, Levir Culpi mais
uma vez escalou um time alternativo, preservando os titulares para os jogos da
Libertadores contra o Defensor do Uruguai. Sem muito esforço, os reservas
fizeram o dever de casa e derrotaram o Tupi, num jogo bem meia boca e que em
vários momentos deu sono nas pouco mais de nove mil pessoas que foram ao
Independência.
Das sete partidas que fez no
campeonato, em quatro o Galo utilizou a turma do estoque. E ainda assim lidera
o certame. Sinal de que o time reserva do Atlético é bom? Pelo contrário. Se o
time titular ainda não convenceu, que dirá o time B. Isso só escancara o baixo
nível técnico do torneio. Não só aqui em Minas, mas também no Rio Grande do
Sul, no Rio de Janeiro, etc. São Paulo foge um pouco do contexto pelo fato de
ter maior poder aquisitivo. Lá os times do interior dão um pouco mais de calor
nos times da capital. Mas nada que ameace a supremacia dos grandes clubes.
Sou um grande defensor da
extinção dos campeonatos estaduais, pois não consigo enxergar nada de positivo
neles. São deficitários, consomem quatro meses do já apertado calendário do
futebol brasileiro, e só servem para derrubar técnico de time perdedor e para o
torcedor do time campeão zuar o adversário. Mas a zuação só vai até a página
dois. Uma semana após o fim do estadual, ninguém mais se lembra do mesmo.
Caos no Rio de Janeiro
A final da Taça Guanabara entre
Vasco e Fluminense mostrou ao mundo o quanto estamos atrasados, o quanto somos
amadores. Uma briga idiota por lado de torcida no estádio, e que teve como
protagonista principal, ou melhor, como vilão o presidente do Fluminense, Pedro
Abad, que tratou o assunto como uma verdadeira guerra. Resultado: A justiça
determinou que o jogo fosse realizado com portões fechados. O Vasco passa por
cima e comercializa ingressos para o seu torcedor, mas recua com receio da
multa pesada em caso de descumprimento da ordem judicial. Enquanto a bola
rolava dentro do Maracanã, do lado de fora o pau cantava. Uma baderna
generalizada. Gente correndo pra todo lado, polícia descendo o sarrafo, um
verdadeiro caos. Para fechar com chave de ouro, a justiça liberou a entrada dos
torcedores na metade do primeiro tempo. Surreal, bizarro, varzeano.
E tem gente que acha que o 7x1
foi um apagão, que a derrota para a Bélgica foi uma fatalidade.
Dica de rock
Hoje a dica é quente. Rock da pesada, no melhor estilo System of a Down, com a música Toxicity.
Um grande abraço a todos, com muito rock na veia.
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