quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Igualdade ruim


O empate sem gols entre América e Cruzeiro foi ruim em todos os aspectos. Tecnicamente, muito por conta do temporal que atingiu a região do Horto, e que atrasou o início da partida em mais de trinta minutos. Taticamente, nada de excepcional. Um jogo de muito contato físico, muita bola esticada e poucas chances de gol. Pelo lado americano, pode até ser levado em conta o fato do time ter feito uma viagem super desgastante no meio de semana, indo até Roraima enfrentar o São Raimundo pela Copa do Brasil. Já no caso do Cruzeiro a cobrança tem que ser maior, pois devido a qualidade do elenco, sabemos que o time pode entregar mais que isso. No final, os dois times morreram abraçados, dando de presente a liderança do campeonato para o Atlético, que na noite anterior batera o Tupi por 2x0, também no Independência.

Falando no Galo, Levir Culpi mais uma vez escalou um time alternativo, preservando os titulares para os jogos da Libertadores contra o Defensor do Uruguai. Sem muito esforço, os reservas fizeram o dever de casa e derrotaram o Tupi, num jogo bem meia boca e que em vários momentos deu sono nas pouco mais de nove mil pessoas que foram ao Independência.

Das sete partidas que fez no campeonato, em quatro o Galo utilizou a turma do estoque. E ainda assim lidera o certame. Sinal de que o time reserva do Atlético é bom? Pelo contrário. Se o time titular ainda não convenceu, que dirá o time B. Isso só escancara o baixo nível técnico do torneio. Não só aqui em Minas, mas também no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, etc. São Paulo foge um pouco do contexto pelo fato de ter maior poder aquisitivo. Lá os times do interior dão um pouco mais de calor nos times da capital. Mas nada que ameace a supremacia dos grandes clubes.

Sou um grande defensor da extinção dos campeonatos estaduais, pois não consigo enxergar nada de positivo neles. São deficitários, consomem quatro meses do já apertado calendário do futebol brasileiro, e só servem para derrubar técnico de time perdedor e para o torcedor do time campeão zuar o adversário. Mas a zuação só vai até a página dois. Uma semana após o fim do estadual, ninguém mais se lembra do mesmo.

Caos no Rio de Janeiro
A final da Taça Guanabara entre Vasco e Fluminense mostrou ao mundo o quanto estamos atrasados, o quanto somos amadores. Uma briga idiota por lado de torcida no estádio, e que teve como protagonista principal, ou melhor, como vilão o presidente do Fluminense, Pedro Abad, que tratou o assunto como uma verdadeira guerra. Resultado: A justiça determinou que o jogo fosse realizado com portões fechados. O Vasco passa por cima e comercializa ingressos para o seu torcedor, mas recua com receio da multa pesada em caso de descumprimento da ordem judicial. Enquanto a bola rolava dentro do Maracanã, do lado de fora o pau cantava. Uma baderna generalizada. Gente correndo pra todo lado, polícia descendo o sarrafo, um verdadeiro caos. Para fechar com chave de ouro, a justiça liberou a entrada dos torcedores na metade do primeiro tempo. Surreal, bizarro, varzeano.
E tem gente que acha que o 7x1 foi um apagão, que a derrota para a Bélgica foi uma fatalidade.

Dica de rock
Hoje a dica é quente. Rock da pesada, no melhor estilo System of a Down, com a música Toxicity.

Um grande abraço a todos, com muito rock na veia.

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