Domingo, 11 horas da manhã. Jogo
de terceira rodada de campeonato mineiro. Minas Gerais dilacerada pela tragédia
(crime) de Brumadinho. Motivos para esvaziar o clássico não faltavam. Sergio Sette
Câmara, presidente do Atlético, até pediu o adiamento da partida, mas a FMF
alegou falta de datas, quando na verdade mostrou uma enorme insensibilidade.
Jogo mantido, o público
compareceu em bom número. 40 mil pessoas (maioria celeste) sofreram sob um sol
escaldante do verão belorizotino, e sofreram mais ainda com um jogo
tecnicamente fraco, principalmente no primeiro tempo. Mas com emoção e
polêmica.
Como todo clássico que se preze,
este também começou uma semana antes e ainda não terminou. Na semana que
antecedeu o jogo dirigentes de Atlético e Cruzeiro trocaram farpas via imprensa
e redes sociais. Após o apito final o mandatário atleticano abriu o bico e
disparou sua metralhadora giratória contra a federação mineira. Em campo, duas
expulsões, pênaltis suspeitos (marcados e não marcados), lei do ex, juiz
machucado. Teve de tudo, menos bom futebol.
Falando do jogo, vi um Cruzeiro
mais encorpado, fruto da manutenção do elenco e do trabalho longevo do técnico
Mano Menezes. O galo recuou, deu espaços, não tinha saída, nem pelo meio muito
menos pelos flancos. Já o Cruzeiro explorava com certa facilidade o costado dos
volantes alvinegros. O gol de Fred no início da segunda etapa deixou o Atlético
nas cordas, mas o Cruzeiro desperdiçou a chance de sacramentar o nocaute. E num
lance fortuito, em que a zaga celeste bateu cabeça, Chará é derrubado por Dedé.
Pênalti e expulsão do defensor cruzeirense. Impressionante como que no futebol
as coisas mudam num piscar de olhos. Fábio Santos deixou tudo igual e por muito,
mas muito pouco mesmo, o Galo virou, minutos depois. Cazares saiu na cara de
Fábio, mas numa displicência assustadora, perdeu um gol inacreditável. No fim,
tudo igual no primeiro teste de fogo de Cruzeiro e Atlético.
O torcedor atleticano, a uma
semana da estreia na Libertadores, não deve estar confiante. Sabe que o time
precisa de reforços. Já a China Azul festeja a chegada de Rodriguinho, que vem
para reforçar um elenco que já é muito competitivo.
Copa América
Foram sorteados os grupos da Copa
América, que acontece entre junho e julho, aqui no Brasil. Cabeça de chave do
grupo A, a seleção brasileira enfrenta Bolívia em São Paulo, a Venezuela em
Salvador e Peru, de novo em São Paulo. Juntando os cacos depois do vexame do
mundial da Rússia, a Argentina enfrenta Colômbia, Paraguai e Catar. E o Uruguai
mede forças contra Equador, Chile e Japão. Só potencias, só grandes clássicos
do futebol mundial. Só que não. Mas Dunga, então técnico da Seleção Brasileira,
disse em 2007 que a Copa América é mais difícil que a Copa do Mundo, por causa
da rivalidade. Então tá, capitão!
Dica de rock
Em homenagem ao meu grande amigo Thiago Augusto de Oliveira, hoje indico Am I Evil, da banda britânica Diamond Head.
Um abraço a todos, e muito rock na veia!!