terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Igualdade justa


Domingo, 11 horas da manhã. Jogo de terceira rodada de campeonato mineiro. Minas Gerais dilacerada pela tragédia (crime) de Brumadinho. Motivos para esvaziar o clássico não faltavam. Sergio Sette Câmara, presidente do Atlético, até pediu o adiamento da partida, mas a FMF alegou falta de datas, quando na verdade mostrou uma enorme insensibilidade.

Jogo mantido, o público compareceu em bom número. 40 mil pessoas (maioria celeste) sofreram sob um sol escaldante do verão belorizotino, e sofreram mais ainda com um jogo tecnicamente fraco, principalmente no primeiro tempo. Mas com emoção e polêmica.

Como todo clássico que se preze, este também começou uma semana antes e ainda não terminou. Na semana que antecedeu o jogo dirigentes de Atlético e Cruzeiro trocaram farpas via imprensa e redes sociais. Após o apito final o mandatário atleticano abriu o bico e disparou sua metralhadora giratória contra a federação mineira. Em campo, duas expulsões, pênaltis suspeitos (marcados e não marcados), lei do ex, juiz machucado. Teve de tudo, menos bom futebol.

Falando do jogo, vi um Cruzeiro mais encorpado, fruto da manutenção do elenco e do trabalho longevo do técnico Mano Menezes. O galo recuou, deu espaços, não tinha saída, nem pelo meio muito menos pelos flancos. Já o Cruzeiro explorava com certa facilidade o costado dos volantes alvinegros. O gol de Fred no início da segunda etapa deixou o Atlético nas cordas, mas o Cruzeiro desperdiçou a chance de sacramentar o nocaute. E num lance fortuito, em que a zaga celeste bateu cabeça, Chará é derrubado por Dedé. Pênalti e expulsão do defensor cruzeirense. Impressionante como que no futebol as coisas mudam num piscar de olhos. Fábio Santos deixou tudo igual e por muito, mas muito pouco mesmo, o Galo virou, minutos depois. Cazares saiu na cara de Fábio, mas numa displicência assustadora, perdeu um gol inacreditável. No fim, tudo igual no primeiro teste de fogo de Cruzeiro e Atlético.

O torcedor atleticano, a uma semana da estreia na Libertadores, não deve estar confiante. Sabe que o time precisa de reforços. Já a China Azul festeja a chegada de Rodriguinho, que vem para reforçar um elenco que já é muito competitivo.

Copa América
Foram sorteados os grupos da Copa América, que acontece entre junho e julho, aqui no Brasil. Cabeça de chave do grupo A, a seleção brasileira enfrenta Bolívia em São Paulo, a Venezuela em Salvador e Peru, de novo em São Paulo. Juntando os cacos depois do vexame do mundial da Rússia, a Argentina enfrenta Colômbia, Paraguai e Catar. E o Uruguai mede forças contra Equador, Chile e Japão. Só potencias, só grandes clássicos do futebol mundial. Só que não. Mas Dunga, então técnico da Seleção Brasileira, disse em 2007 que a Copa América é mais difícil que a Copa do Mundo, por causa da rivalidade. Então tá, capitão!

Dica de rock
Em homenagem ao meu grande amigo Thiago Augusto de Oliveira, hoje indico Am I Evil, da banda britânica Diamond Head.

Um abraço a todos, e muito rock na veia!!

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