quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Dinheiro na mão é vendaval
Mais de um milhão e meio de reais em salários para Gabigol. 76 milhões de reais para tirar Arrascaeta do Cruzeiro. O Flamengo começou o ano metendo a mão no bolso sem dó. O Palmeiras, amparado por um patrocínio milionário da Crefisa, também não tem economizado. Enquanto isso os demais clubes brasileiros penam com seus cofres vazios. Adiantam cotas de TV, fazem empréstimos absurdos, e vão se endividando mais a cada ano.
Falando em cotas de TV, a discrepância por aqui é enorme. Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras recebem uma fatia enorme da emissora detentora dos direitos de transmissão, muito acima dos demais clubes. A diferença é que o Corinthians está todo enrolado em dívidas referentes ao estádio e o São Paulo se estrepou em más administrações. Fato é que se nada for feito, num curto prazo ocorrerá no futebol brasileiro o mesmo fenômeno que ocorre na Espanha e na Itália. No país ibérico Barcelona e Real Madrid estão a anos luz de distância dos demais concorrentes. Na velha bota a Juventus segue intocável a anos.
E já podemos perceber, mesmo que numa escala menor, um certo monopólio por aqui. De 2015 para cá, o Palmeiras conquistou dois brasileiros e uma Copa do Brasil, além de ter ficado com o vice-campeonato brasileiro em 2017. O Flamengo não levanta taças nacionais desde 2013, mas está batendo na trave sempre. O Corinthians de 2017 é um ponto fora da curva. Nem os próprios corintianos imaginavam que aquele time desse liga. O Cruzeiro foge a essa regra porque focou em competições tiro curto, em mata mata. Mas em torneios longos, onde ter um elenco numeroso é fundamental, é muito grande a possibilidade de uma hegemonia palmeirense e flamenguista.
Para salvar o futebol brasileiro desse cenário, uma saída é seguir o exemplo da Premier League, onde 50% do valor das cotas de TV é dividido de maneira igual para os clubes, 25% é dividido de acordo com a classificação das equipes na temporada anterior e os 25% restantes são divididos de acordo com o número de partidas transmitidas. Não é à toa que o futebol inglês é o mais rico e o mais equilibrado da Europa.
Sabe quando veremos isso no Brasil? Nunca! Aqui quem dá as cartas é a CBF, que tem os clubes na mão. Por aqui cada clube negocia diretamente com a emissora de TV. Organizar um campeonato? Esquece. A famigerada Primeira Liga foi o grande exemplo de como os clubes não conseguem se entender.

Dica de rock
Hoje a minha dica é para a banda INXS, com a música New Sensation.
Um abraço, com muito rock na veia!!

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