segunda-feira, 22 de abril de 2019

Festa Azul

Confirmando o favoritismo, o Cruzeiro conquistou o bicampeonato estadual, de maneira invicta. Os números são incontestáveis. Melhor ataque, melhor defesa, artilheiro, nenhuma derrota.
O Atlético lutou, foi bravo. Por muito pouco não saiu campeão. Controlava o jogo de maneira tranquila até o lance fatal. Sai da decisão de cabeça em pé, mas não pode se apegar somente aos dois jogos da final. Caiu pra cima, sim. Todavia muita coisa precisa ser feita. 

O Cruzeiro caiu de rendimento na decisão do mineiro. Mas tem um elenco cascudo, cheio de jogadores que assumem a responsabilidade quando a batata assa. E ela tava quente sábado no Independência. Mano Menezes precisava dar um gás no time. Acionou Tiago Neves e Pedro Rocha. Deu certo. O time reagiu, empatou o jogo e ficou com a taça.

Mas a festa celeste e os lamentos atleticanos ficaram para trás. Todo mundo sabe que a repercussão de um campeonato estadual só vai até a página dois. Amanhã já tem Libertadores. O Cruzeiro vai até a Venezuela pra ratificar a primeira colocação geral, contra o Deportivo Lara. O Galo joga suas últimas fichas contra o Nacional no Mineirão. Além do que o Campeonato Brasileiro começa no próximo fim de semana. O Cruzeiro evidentemente é um dos favoritos ao título. O Atlético, ainda sem técnico (Rogério Ceni deve chegar a qualquer momento), tem time pra no máximo lutar pela sexta vaga na Libertadores, como foi no ano passado.

                                                                   CAMPEÃO INVICTO
                                                                                                       Fonte: Google
                                               
VAR. Vilão ou herói?
Mais uma vez o VAR foi protagonista. Interferiu diretamente no resultado final das duas partidas da decisão do campeonato mineiro. Mas interferiu corretamente. No sábado Léo Silva correu o risco quando deu o carrinho dentro da área. A bola bateu em seu braço. Não há o que reclamar. Pênalti. 

O VAR é uma ferramenta extremamente importante. O futebol precisa modernizar. Mas que não se use o VAR como uma muleta. Árbitro precisa ter convicção. Não dá pra toda hora parar o jogo e consultar o árbitro de vídeo, mesmo porque o protocolo não permite isso. E que se aprimore mais e mais a comunicação entre as partes. Todo consulta ao VAR é uma demora insuportável, que tira a graça do espetáculo. 

Polêmica sempre vai haver. Quem ganha morre de rir e quem perde chora o leite derramado.O VAR não vai agradar a todos. Mas está aí para acabar com as injustiças do futebol. 

A BOLA BATE NO BRAÇO. PÊNALTI
                                                                                                   Fonte: Google

Dica de Rock
Curto e grosso. A dica de hoje é Paramore, com o sucesso Decode.

Um abraço com muito rock na veia.
#futebolerock





terça-feira, 16 de abril de 2019

Decisão em aberto

Como era de se esperar, o Cruzeiro reverteu a vantagem que era do Atlético e agora joga por um empate para ser bi campeão mineiro. Como era de se esperar, o time celeste foi superior em campo. Mas confesso que esperava mais. E me surpreendi positivamente com a postura do time atleticano. Não que o time tenha sido uma maravilha. Longe disso, mas Rodrigo Santana conseguiu em quarenta e oito horas dar um mínimo de padrão tático ao Galo. Já a Raposa não jogou mal, todavia teve muitas dificuldades diante do sistema defensivo alvinegro.
O Cruzeiro teve mais posse de bola, trocou mais passes, teve chances mais claras de gol. Comportamento natural para um time pronto. O Galo, juntando os cacos depois do desastre de Assunção, chegou para o clássico sem rumo e sem técnico. E saiu do Mineirão mais forte do que entrou. Vai para o jogo decisivo no Independência vivo. Joga por uma vitória simples. 

                                                                                         Fonte: mg.superesportes

Como em todo clássico, houve muita reclamação contra a arbitragem. O Atlético saiu na bronca com o árbitro Wagner Magalhães, que não viu pênalti de Dedé em Igor Rabelo (o pessoal do VAR também não viu), e reclama também da origem do segundo gol celeste, onde o tiro de canto foi marcado de maneira equivocada. Se a turma do apito errou nestes lances, acertou na anulação do gol de Fred, onde a bola bateu em seu braço. Mas ficar falando de arbitragem é complicado. Se no sábado acontecer erros a favor do Galo, vai ser a vez do Cruzeiro abrir o bico. Esse é um problema que não vai acabar nunca.

O Galo escolheu jogar a partida decisiva no Independência, acreditando que o fator caldeirão fará mais efeito do que jogar para 50 mil pessoas no Mineirão. Eu acho uma tremenda bobagem. Já foi-se o tempo que o ditado "caiu no horto tá morto" tocava o terror nos adversários.

Times quebrados
Saiu hoje uma reportagem sobre o balanço financeiros dos clubes no biênio 2017/2018. Tanto Atlético quanto o Cruzeiro estão de pires na mão. Vamos aos números:
O Galo viu sua receita cair de 311 milhões em 2017 para 258 milhões em 2018. Em contrapartida a dívida acumulada do clube passou de 576 milhões para 652 milhões. Mesmo cortando despesas, o Atlético fechou 2018 sem nenhum título e com um déficit de 22 milhões em seus cofres.
Com uma política de gastos mais agressiva do que seu rival, o Cruzeiro faturou duas Copas do Brasil de maneira consecutiva, ganhou grana, mas também viu sua dívida aumentar consideravelmente. Se em 2017 a Raposa teve uma receita de 308 milhões, viu esse número subir para 383 milhões no ano passado. Mas a notícia ruim vem agora. A dívida celeste saltou de 384 milhões para 520 milhões em um ano. 2018 terminou para o Cruzeiro num passivo de 28 milhões de reais. 
Numa análise fria, é fácil apontar que a estratégia celeste deu mais certo, afinal o time conquistou títulos. Mas a longo prazo esse apetite voraz em torrar grana pode cobrar um preço caro. Mas aí a batata quente vai estar na mão de outro presidente. 

Quem vai assumir o Galo?
Tiago Nunes disse não. Sampaoli também. Parte da torcida quer Juan Carlos Osório ou Sebastián Beccacece, que fez história ao levar o modestíssimo Defensa Y Justicia ao vice campeonato argentino. Mas parece que a mira atleticana agora está apontada para o nordeste brasileiro. Mais precisamente em Fortaleza. O alvo: Rogério Ceni. O técnico do tricolor de aço é o favorito da vez para treinar o Galo. É um nome que agrada, pois seu trabalho no Fortaleza é muito bom. Muitos vão torcer o nariz e citar o fracasso do mesmo no São Paulo. Ali foi um erro de avaliação. A diretoria  tricolor errou em fazer o convite, ao acreditar que Rogério Ceni faria no Morumbi o mesmo que Renato Gaúcho fez no Grêmio. E Ceni errou em aceitar o convite, pois ainda não tinha estofo para "bancar" uma crise. Agora a história é outra. Com mais bagagem, Ceni pode sim dar certo no Atlético.

                                                                                                      Fonte: Google

Dica de rock
Hoje vou de rock alternativo. Pearl Jam, com o sucesso Even Flow.

Um abraço com muito rock na veia!
#futebolerock 






quinta-feira, 11 de abril de 2019

Caos atleticano. Soberania Celeste


Enfiado num buraco que parece não ter fundo, o Atlético vive dias turbulentos. Levir Culpi ficou numa posição insustentável após o vexame de ontem contra o Cerro. Deixa o Atlético sem rumo, sem esquema tático, sem padrão de jogo. Coletivamente o time é uma lástima, e por consequência, as falhas individuais começam a aparecer. Pode parecer estranho demitir um treinador às vésperas de um clássico, ainda mais se tratando de decisão de campeonato. Mas se existe uma mínima chance do Atlético bater o Cruzeiro, não seria com Levir Culpi no comando.
Tiago Nunes, hoje no xará paranaense, é o grande favorito para assumir o posto de comandante alvinegro. Embasado por Rui Costa, novo homem forte do futebol atleticano. Trabalharam juntos no Athletico. Dentre os nomes ventilados, me parece o mais adequado. Mas terá respaldo para trabalhar? Ou corre o risco de virar um novo Roger, sendo fritado pelo torcedor? Sabemos muito bem como a banda toca no Atlético. Treinador costuma ter vida curta. Em média seis meses as cabeças começam a rolar.
Já o Cruzeiro é completamente o oposto. Tem dois times prontos. Se deu ao luxo de poder preservar seus dois laterais no jogo de ontem contra o Huracán. Sem falar na espetacular fase de Fred. Não há no futebol brasileiro um jogador com a capacidade de decisão do camisa nove celeste. Rodriguinho caiu como uma luva no time. Tá jogando uma barbaridade. E olha que Thiago Neves nem tá fazendo falta.
Aí eu pergunto: Por que o Cruzeiro joga hoje o melhor futebol do país? Simples. Porque existe planejamento, existe investimento, existe profissionalismo. Mano Menezes está desde 2016 no cargo. Tem respaldo da diretoria e dos jogadores. Não foi uma aposta. Foi uma certeza. Quando o time mais fraquejou (entre a perda do estadual e a eliminação da sul-americana em 2017) Mano teve a confiança de todos. Não por acaso o time venceu as duas últimas edições da Copa do Brasil, e é o grande favorito à conquista da Libertadores. Se vai ganhar é outra história, mas é inegável que o Cruzeiro é o time a ser batido na América atualmente.
Falando um pouco sobre a final do campeonato mineiro, vou ser curto e grosso. Já escrevi acima e repito: O Cruzeiro é muito, mas muito favorito ao título, mesmo sendo do Atlético a vantagem de dois resultados iguais. Sem essa história de que em clássico as forças se equivalem, que clássico é decidido nos detalhes. O Cruzeiro tem um time muito melhor do que o Atlético. Ponto. O Cruzeiro vive um momento muito melhor do que o Atlético. Ponto. O Atlético pode ganhar? Pode. Mas eu não acredito. Tecnicamente não existe a menor chance do Atlético bater o Cruzeiro. Se isto ocorrer, será na base da superação, pois a diferença entre os clubes hoje é abissal. Um novo 5x0 é bem provável de acontecer.
Dica de rock
Jon Anderson, Chris Squire, Tony Kaye, Peter Banks e Bill Bruford criaram em 1968 na Inglaterra a banda Yes. Misturando rock progressivo com rock sinfônico e pop rock, Yes arrebatou fãs mundo afora, principalmente com o sucesso Owner Of A Lonely Heart.

Um abraço, com muito rock na veia!

#futebolerock

quinta-feira, 21 de março de 2019

Agora sim, tem emoção. Será?

Graças a Deus terminou a primeira fase do campeonato mineiro. Onze intermináveis rodadas, pra constatação do óbvio. O trio de ferro da capital nadou de braçada contra a concorrência. Sempre foi assim, mas esse ano a discrepância extrapolou. O líder Atlético, com oito vitórias consecutivas, quase sempre com a turma do estoque, abriu treze pontos para o quarto colocado Boa Esporte e dezessete pontos para o oitavo lugar, o Tupynambás. 
Já no fim de semana começam as quartas de final. A chance de dar uma zebra é próxima de zero, mesmo sendo jogo único. Ah Mendel, vai que um dos times da capital acorde num dia em que a bola não entre, que o time do interior acerte uma bola vadia, que aconteça uma hecatombe. Pode acontecer? Claro que pode, mas eu duvido. Não vejo a hora de Atlético e Cruzeiro decidirem o campeonato. Com todo respeito que o América merece, me perdoe os leitores americanos (Dani Rangel, Fred Faraj) mas não acredito em uma final que não seja entre Galo e Raposa. Tô aqui arriscando meu pescoço. Printem e podem me cobrar depois.
Mendel, como você está mal humorado hoje! Não é mau humor. É não aguentar mais todo primeiro semestre um campeonato interminável, que não agrega nada para os grandes clubes. Tanto que o líder Atlético, com tudo isso que citei acima, está como lama até o pescoço na Libertadores, contra adversários mais fortes, mas que também não são lá essa Brastemp não.
Porque não voltar com a Primeira Liga, ou a Sul-Minas e o Torneio Rio-São Paulo? Muito mais atraentes e competitivos. Infelizmente a vaidade de alguns dirigentes não deixou. Então, vamos de estaduais.

Injustica histórica
Atendendo meu grande amigo Diego, vou levantar uma polêmica aqui no blog. Por que Fábio sempre foi preterido das convocações da seleção brasileira? Até Alex Muralha já foi convocado, e Fábio sempre fica a mercê. Com um currículo recheado de grandes conquistas e milagres, Fábio é pra mim o melhor goleiro do futebol brasileiro a muito tempo. Mas foi barrado por Dunga, Mano Menezes, Felipão e Tite. Se alguém souber essa resposta, me fala viu, porque estou a anos tentando entender.

Dica de rock
Hoje eu estou nostálgico. E minha dica vai para uma banda que aprendi a gostar ainda garoto. Van Halen, com o imortal sucesso Jump!

Um grande abraço, com muito rock na veia!
#futebolerock ⚽🎸

quarta-feira, 13 de março de 2019

Na conta do Levir, de novo!

Perder é normal, faz parte do jogo. Num primeiro momento a derrota do Atlético para o Nacional em Montevidéu pode ser considerada normal, pois o time uruguaio é um dos tradicionais da América do Sul. Mas ao analisar mais profundamente não dá pra aceitar essa derrota atleticana. Primeiro pela fase e pelo nível técnico do time do Nacional. E pior, a maneira como o Atlético se comportou em campo. Um time sem poder de fogo, sem poder de criação. Mais uma vez Levir Culpi escalou o time com três volantes, com Jair e José Welison na proteção a defesa e Elias compondo uma hipotética segunda linha de quatro. Nas outras oportunidades em que o técnico usou essa formação, a coisa desandou. E ontem, com a obrigação de vencer, o “burro com sorte”, numa teimosia incrível, insistiu neste esquema. Pensa que acabaram as lambanças? Que nada. Levir Culpi inverteu o posicionamento de Luan e Elias, sabe-se lá porquê.
O empate que já era muito ruim virou derrota, na única jogada trabalhada do Nacional em toda a partida. Começou num erro de passe de Patric no meio campo, passou pelo arame liso Luan (só cerca) e culminou numa cabeçada certeira, no meio dos altos zagueiros atleticanos. Tudo errado.
Aí o Sr. Levir resolveu mexer. Guga em quinze minutos fez mais que Patric a temporada inteira. Chará e Alerrandro deram mais mobilidade ao time. Então Levir, tinha que esperar a porta ser arrombada para consertar o erro?
Não é de hoje que Levir Culpi vem sendo contestado. Já na fase pré o time passou alguns sustos desnecessários. Os erros do time são os mesmos do galo de Levir em 2015. Ou seja, Levir parou no tempo. Não faz questão nenhuma de ser agradável nas coletivas, não tem humildade para reconhecer que o time está mal. O treinador teve a ousadia de dizer que o time fez um bom jogo ontem. Então tá Levir!
A situação é delicada. Com água até o pescoço, o Atlético corre sério risco de ser eliminado ainda na primeira fase. E pode colocar na conta do “burro com sorte” essas duas derrotas.

Dica de rock
Rock nacional teve seu auge nos anos 80. Muita música boa surgiu nessa época. Renato Russo já cantava em verso e prosa a realidade do nosso país. Então, Que País é Esse.

Um abraço, com muito rock na veia! ⚽🎸

sexta-feira, 8 de março de 2019

Boa vitória, derrota amarga

Duas fracas atuações, mas com sentimentos distintos. Tanto Atlético e Cruzeiro ficaram devendo, todavia o torcedor celeste sorriu no final, ao passo que o atleticano está cabreiro.
O Cruzeiro até começou bem a partida contra o Huracan. Nem parecia que o jogo era em Buenos Aires. Tudo bem, não era o Boca, o Racing, o River. Era o Huracan, mas todo time argentino enche o saco. Bate, provoca, catimba. Mas o Cruzeiro não deu bola pra isso e fez o gol sem muita dificuldade. O problema foi o segundo tempo. A coisa desandou, o Huracan cresceu, e por muito pouco os três pontos iam para o ralo. O Cruzeiro sofreu sem necessidade. Todavia entre mortos e feridos salvaram-se todos e o time celeste se agarrou no 1x0 para largar bem na Libertadores.
Já o Atlético… Não é de hoje que estou cantando a pedra. Quando enfrentar um adversário mais forte a coisa vai feder. E fedeu. Não que o Cerro Portenho seja uma maravilha. Não é. Veio pra jogar por uma bola, e conseguiu. É um time muito limitado. Mas aproveitou a bagunça que é o time do Atlético. Logo que acabou a partida, fui para o twitter acompanhar a repercussão. E conversando com um amigo eu disse a ele: Levir Culpi parou no tempo. É inconcebível um time cometer os mesmos erros que o time do Levir em 2015 cometia. Time desagrupado, marcação alta, linhas espaçadas. Sem contar nas mexidas erradas, de novo? Qual o critério para escalar Nathan no segundo tempo? Um jogador que atuou por dez minutos no ano ia salvar o Atlético? Não dá Levir. Não se ganha uma Libertadores a base do Eu Acredito e na base do Sobrenatural de Almeida. Com essa bolinha que o Galo vem jogando, sei não viu. Ganha do Nacional, em pleno Parque Central? Qualquer resultado que não seja a vitória já deixa o Galo com água no pescoço.

Pelo estadual, o América é favorito contra o Tupynambás, no indecente horário das 21 horas de um sábado. Se o torcedor americano já não é muito de ir ao campo, imagina num horário desse. Já o Cruzeiro enfrenta o Tombense no domingo em BH e o Galo vai ao Alto Paranaíba para encarar a Patrocinense.

Dica de rock
No dia internacional da mulher, claro que minha dica é uma homenagem a elas. Amy Lee, eterna musa do rock, vocalista do Evanescence, ao som de Everybody’s Fool.

Um abraço com muito rock na veia.
#futebolerock ⚽🎸

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Galo e Coelho sobem. Raposa estaciona.

As vitórias contra o Villa Nova e contra o Boa Esporte deixaram Atlético e América isolados na ponta do campeonato mineiro, uma vez que o Cruzeiro tropeçou em Patos de Minas, somente empatando com a URT, e com isso perdendo contato com os dois rivais. Interessante que não faz muito tempo, escrevi aqui mesmo neste espaço que a liderança da primeira fase do estadual certamente ficaria com Cruzeiro ou América, uma vez que o Atlético está envolvido com a Libertadores também. Eis que passadas oito rodadas o Atlético é líder isolado e o Cruzeiro é apenas o terceiro. Sem falar que o Atlético usou o time reserva na grande maioria dos jogos. Puxa vida, errei feio! Então fui afogar as mágoas tomando um café na cozinha, e aproveitei para refletir um pouco sobre o futebol, este esporte tão sem lógica. Rodando o elenco, o Atlético manteve praticamente dois times inteiros em atividade. Logicamente quem entra está nas pontas dos cascos, pelo menos na teoria. Já o Cruzeiro pouco mexeu no time. Mano Menezes vem dando sequência aos titulares, encorpando o time para a estreia na Copa Libertadores contra o Huracan, semana que vem no Mineirão. Aí é o oposto do Atlético. Quem entra não acompanha o ritmo dos titulares. E convenhamos, campeonato estadual serve pra isso mesmo. Fazer experiências, botar o elenco todo pra jogar, para na hora que o bicho pegar de verdade o treinador saiba com quem ele pode contar.

Libertadores
A vitória sobre o Defensor em Montevidéu por 2x0 deixou o Atlético numa situação muito confortável. Provavelmente o jogo da volta no Independência amanhã será protocolar, apenas para o Galo carimbar a vaga na fase de grupos. Mas que fique bem claro. Muita coisa precisa ser melhorada. Falhas graves foram cometidas novamente. Individuais e coletivas, e que quase complicaram as coisas no jogo de ida. Uma hora, com um adversário mais qualificado, o caldo pode entornar.
Semana que vem é a estreia do Cruzeiro na competição. No Mineirão, o time encara o Huracan da Argentina. Rival conhecido do torcedor celeste, afinal os dois times se enfrentaram na fase de grupos da Libertadores de 2015. E o Cruzeiro não teve vida fácil não. Perdeu na Argentina por 3x1 e apenas empatou em BH. Lembram quem era o camisa nove do Huracan? Ele mesmo, Ramon Ábila. Hoje os tempos são outros. O time cruzeirense vem de um bicampeonato da Copa do Brasil, e o time argentino não assusta. Mas o próprio Mano Menezes disse que falta um pouco mais de competitividade ao time celeste. E em se tratando de Libertadores, todo cuidado é pouco.

Copa do Brasil
O Coelhão vira a chave e foca na Copa do Brasil, onde enfrenta o Juventude em Caxias do Sul, nesta quinta feira, em jogo único valendo vaga na terceira fase da competição. Se formos olhar o retrospecto recente dos dois times, o América é franco favorito, pois o vice líder do campeonato mineiro ainda não perdeu na temporada. Em contrapartida o time gaúcho está a sete jogos sem vencer dentro de casa, tendo perdido seis jogos e empatado um. O último triunfo no Alfredo Jaconi faz tempo. Foi no dia 26 de outubro do ano passado, pela Série B, 2x1 contra o Sampaio Correia. Mas é Copa do Brasil, é jogo único, e vimos favoritos sendo eliminados ou se classificando na bacia das almas.

Luto no futebol
Perdemos Roberto Avallone para o time do céu. Um dos maiores cronistas esportivos do Brasil agora estará ao lado de Joelmir Beting, Armando Nogueira, Raul Quadros, Luciano do Valle, entre outros. Palmeirense, Avallone não tinha papas na língua. Criou vários bordões, como "no pique", "exclamação", "jornalismo futebol clube", etc. Descanse em paz!

Dica de rock
Bohemian Rhapsody conquistou quatro estatuetas na noite do Oscar no último domingo. Por isso,  minha dica de rock hoje é em homenagem a banda Queen, com a música I Want It All.

Um abraço com muito rock na veia!